Eleições proporcionais geram dúvidas

O consultor do TRE-PB, Alexandre Coura, também discutiu fatores que determinam as eleições proporcionais e a dificuldade do eleitor brasileiro de compreender em quem votou nas eleições para deputado estadual, deputado federal e vereador. “Falta muito conhecimento sobre a questão do voto proporcional. Precisamos ter uma educação política no Brasil, nas escolas, para que as pessoas entendam como suas escolhas influenciam no resultado final das eleições”, disse.

O grande problema, para Coura, é que, diferentemente do que é propagado durante as eleições, nos casos da escolha do parlamento, o eleitor não escolhe candidatos, mas partidos, por meio dos votos dados para candidatos. “A gente vê os candidatos na propaganda política, mas quando damos nossos votos para eles, estamos, na verdade, dando nossos votos para o partido”, explicou.

O processo de escolha dos parlamentares é feito em dois estágios, por meio do quociente eleitoral e do quociente partidário. "Quando todas as vagas tiverem definidas por partidos é que são escolhidos os candidatos que receberam mais votos de cada coligação. Ou seja, você pode ter casos em que um candidato foi muito votado, mas seu partido não, e ele não entrar, enquanto um candidato que não recebeu tantos votos, mas faz parte de uma coligação forte, conseguiu".