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VIDA URBANA

Apesar de ilegais, alternativos rodam livremente em JP

Sindicato dos Taxistas da Paraíba denuncia que clandestinos têm pontos específicos na cidade e Semob não faz fiscalização.

Publicado em 12/05/2015 às 6:00 | Atualizado em 09/02/2024 às 17:18

Mesmo ilegais, motoristas de transporte alternativo circulam livremente por João Pessoa, inclusive com pontos específicos espalhados pela cidade. A denúncia foi feita por taxistas e pode ser conferida por qualquer pessoa que circule por bairros como o Centro de João Pessoa, onde há uma maior concentração desses profissionais. De acordo com o Sindicato dos Taxistas da Paraíba, apesar de ser ilegal, a atuação desses transportes clandestinos não é combatida por meio de fiscalizações da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob).

Um dos pontos em que se observa a presença constante desses profissionais é a Avenida General Osório, onde moradores da Região Metropolitana esperam o transporte coletivo. Em uma das ruas perpendiculares à avenida, os transportes ficam estacionados enquanto os motoristas vão às ruas oferecer seus serviços, muitos dos quais, inclusive, fardados. A passagem custa a média de R$ 3 e a viagem só é feita quando o carro está cheio. Nessa região, não é incomum ver pessoas descendo desses transportes.

A merendeira Marlinda de Sousa é uma das pessoas que sempre utilizam os transportes alternativos. Segundo ela, às vezes os ônibus demoram um pouco além do que ela pode esperar e, por conta disso, ela acaba recorrendo com frequência para os transportes alternativos. “Eu moro em Santa Rita e trabalho aqui em João Pessoa. Às vezes, se eu esperar os ônibus eu acabo chegando atrasada no trabalho e, por esse motivo, sempre uso o transporte alternativo”, revelou, comentando os cuidados que toma para não se sentir insegura. “Eu sempre vejo se tem alguém indo junto, nunca vou sozinha”, comentou.

Assim como ela, muitas outras pessoas revelam que a demora nos transportes coletivos é o principal motivo que as faz optar pelos transportes clandestinos, apesar de não confiarem totalmente em sua segurança. A aposentada Marly Ribeiro declarou que, mesmo tendo passagem gratuita nos ônibus, muitas vezes prefere ir para casa nos alternativos. “Eu às vezes fico esperando os ônibus e a sensação que tenho é de que nunca chegarei em casa. Aí por conta disso acabo indo. Sei que não é totalmente de confiança. Alguns atendem o telefone andando, não botam cinto de segurança, andam rápido”, afirmou, acrescentando que é favorável à regularização desses profissionais.

Diferentemente da aposentada, há quem diga que, apesar da facilidade demonstrada pelo alternativo, por ser mais rápido e ainda cobrar o mesmo valor dos ônibus, prefere não utilizar o serviço. “Eu já vim de alternativo uma vez. Moro em Bayeux e precisei, mas foi para nunca mais. Acho inseguro demais, perigoso, então, mesmo que demore, prefiro esperar pelos ônibus”, disse a estudante Ingrid Cunha.

Para quem trabalha como alternativo, uma opção para que o serviço saísse da ilegalidade era a regularização. Conforme o motorista de transporte alternativo Marcelo Rodrigues, é muito constrangedor ter que ficar “fugindo” da Semob e, ainda, lidar com a perda de passageiros devido à desconfiança de alguns em seu trabalho.

“Eu trabalho com isso há 4 anos e é com a renda daqui que sustento minha casa. Faço viagens para Tibiri todos os dias e nós trabalhamos direitinho, tanto que sempre as mesmas pessoas pegam nosso transporte, confiam. Acho que deveriam pensar em algo para nos regularizar”, comentou.

CLANDESTINOS CAUSAM PREJUÍZOS
Além da insegurança acarretada para os usuários, os transportes alternativos ainda impactam negativamente na renda dos taxistas, que revelam perderem corridas devido à disputa desleal com esses profissionais. De acordo com o membro do Conselho fiscal do Sindicato dos Taxistas da Paraíba, Manoel Ferreira Coutinho, o pior de tudo é a omissão dos órgãos responsáveis por essa fiscalização.

“Esse não é um problema de hoje. Isso sempre prejudicou e continua prejudicando os taxistas e também os usuários. Quantos casos de estupros de mulheres não foram registrados já envolvendo clandestinos? Eles não realizam manutenção, não oferecem segurança e ainda praticam um preço desleal. A Semob diz que fiscaliza, mas não adianta. Falta fiscalização, orientação, porque isso vem ficando de mal a pior. Agora eles têm pontos, na General Osório, na Lagoa, e ainda nos bairros”, denunciou.

Além dos transportes clandestinos, o presidente do Sindicato dos Taxistas da Paraíba, Adauto Braz, ainda revelou outro problema enfrentado pela categoria: os taxistas clandestinos. Ele denunciou que há profissionais que possuem praças de táxi em municípios vizinhos, mas que atuam em João Pessoa, por meio do radiotáxi. “Eles vêm e fazem ponto aqui, praticando outros preços e pegando corridas que deveriam ser dos nossos taxistas. Cobramos da Semob fiscalização com relação a isso”, disse, informando que amanhã deverá ser realizada uma audiência na Semob para discutir esse assunto dentre outros presentes na pauta de reivindicações da categoria.

Por sua vez, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) informou que realiza ações constantes para inibir a ação de transporte irregular, bem como a circulação de taxistas com praças em outros municípios que estejam, porventura, atuando equivocadamente na capital. Este monitoramento é feito em várias áreas da cidade, sobretudo nas localidades onde há observação destas práticas irregulares, inclusive, tendo sido intensificadas desde o final do mês passado.

A Semob informou que caso o usuário perceba que o veículo não é registrado em João Pessoa, denuncie o trabalho clandestino acionando a Central de Atendimento, por meio do número: 0800 281 1518.

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Jornal da Paraíba

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