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Casos de trabalho análogo à escravidão aumentaram 32% em 2022, diz CPT

Foram registrados 207 casos de trabalho análogo à escravidão no meio rural, com mais de 2 mil pessoas resgatadas, maior número dos últimos dez anos.

Publicado em 18/04/2023 às 14:14 | Atualizado em 18/04/2023 às 15:09


                                        
                                            Casos de trabalho análogo à escravidão aumentaram 32% em 2022, diz CPT

O número de casos de trabalho análogo à escravidão no Brasil teve um aumento de 32% em 2022. Já o total de pessoas resgatadas cresceu 29%. A informação é de um documento divulgado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), nesta segunda-feira (17).

Em 2022, segundo divulgou a CPT, foram registrados 207 casos de trabalho análogo à escravidão no meio rural, com 2.615 pessoas envolvidas nas denúncias e 2.218 resgatadas, o maior número dos últimos dez anos.

O agronegócio e empresas de monocultivos, ou seja, grandes extensões de terra dedicadas à produção de apenas um produto agrícola, assumiram a liderança como os principais responsáveis por essa violação aos direitos humanos. O setor sucroalcooleiro foi o campeão, com 523 pessoas resgatadas.

O número de mais de 2 mil pessoas resgatadas em 2022 refere-se exclusivamente às que trabalhavam em condições análogas à escravidão no meio rural. Esse dado representa 88% do total de pessoas libertas dessa condição no país (2.516), sendo os outros 12% de trabalhadores resgatados de atividades laborais nas cidades.

O estado de Minas Gerais concentrou o maior número desse tipo de violência (62 casos com 984 pessoas resgatadas), seguido por Goiás (17 casos com 258 pessoas resgatadas); Piauí (23 casos com 180 pessoas resgatadas); Rio Grande do Sul (10 casos com 148 pessoas resgatadas); Mato Grosso do Sul (10 casos com 116 pessoas resgatadas) e São Paulo (10 casos com 87 pessoas resgatadas).

Trabalho análogo à escravidão em monoculturas

Conforme destaca a assessora da Campanha da CPT, Carolina Motoki, em artigo publicado no relatório Conflitos no Campo Brasil 2022, “62% dos resgatados estavam trabalhando principalmente em monoculturas: cana (MG, GO e MS); outras lavouras temporárias (com destaque para a soja em GO, MA, MT, PI e RO, e o alho em MG e no RS); lavouras permanentes (com destaque para as colheitas de café em MG e de maçã em SC e RS), e monocultivos de árvores (GO, MA, SP e MS). Tomando também os casos na pecuária, os números não mentem: é o agro quem mais escraviza no Brasil. Em 2021 não havia sido diferente: 90% das pessoas foram escravizadas em atividades rurais, e 64% em monoculturas”.

A lei brasileira determina que é crime submeter alguém à condição de trabalho análogo à escravidão. Também é punível por lei qualquer pessoa que atue para impedir o direito de ir e vir do trabalhador que esteja nessa condição.

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Redação Jornal da Paraíba

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