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VIDA URBANA

Professores encerram greve

Docentes da UFPB e UFCG decidem encerrar greve; regularização do calendário escolar ainda será discutida nas duas universidades.

Publicado em 13/09/2012 às 6:00


Os docentes das Universidades Federais da Paraíba (UFPB) e de Campina Grande (UFCG) decidiram ontem, após 119 dias de paralisação, suspender a greve e retornar às atividades de ensino. A decisão foi tomada em assembleia geral da categoria realizada nas respectivas instituições. Na UFPB, os professores aprovaram o reinício das aulas já a partir da próxima segunda-feira, dia 17, enquanto na UFCG o retorno deve acontecer a partir do próximo dia 24.

Apesar da retomada das atividades marcada para a próxima semana a regularização do calendário escolar ainda será discutida na UFPB pelos membros do Conselho Superior de Pesquisa, Ensino e Extensão (Consepe) na semana que vem.

De acordo com o reitor da UFPB, Rômulo Polari, o primeiro semestre letivo deste ano não deverá ser cancelado. “O Consepe deve elaborar um calendário para conclusão do período 2012.1 e para que em um curto espaço de tempo a universidade comece com o período 2012.2”, afirmou Polari. Acrescentou ainda que o Conselho vai trabalhar para retomar as atividades dentro da normalidade semestral, o que deve implicar alterações nas férias acadêmicas que ocorreriam nos meses de dezembro e janeiro.

Ressaltou também que não é possível afirmar ainda se o período 2012.2 terá início este ano.

No período de greve, calcula-se que aproximadamente 42 mil estudantes ficaram sem assistir aulas nos campi de João Pessoa, Areia, Bananeiras e Litoral Norte (Rio Tinto e Mamanguape). No dia 23 de agosto, o Consepe suspendeu o calendário da pós-graduação e do ensino a distância da instituição, que continuavam acontecendo mesmo durante a paralisação. Todas as atividades acadêmicas ficaram oficialmente suspensas.

A decisão dos docentes da UFPB de retomar as atividades foi aprovada em assembleia realizada simultaneamente nos campi de João Pessoa, Areia e Bananeiras. Em João Pessoa, a diferença entre os docentes contra e a favor da greve foi significativa. Foram registrados apenas 25 votos a favor da continuidade da greve por tempo indeterminado contra 268 votos a favor da retomada das aulas, mais cinco abstenções. A decisão obedece à recomendação dada pelo Comando Nacional de Greve das Universidades Federais de que a mobilização continuasse, mas a paralisação fosse suspensa para não prejudicar ainda mais o calendário escolar.

O presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (Aduf-PB), Ricardo Figueiredo Lucena, considera que o movimento obteve um sucesso parcial, pois apesar do ganho em remuneração, a principal reivindicação não foi satisfatoriamente atendida. “O cerne da questão é a reformulação do Plano de Carreiras e Cargos do Magistério Federal. O projeto de lei encaminhado pelo Ministério do Planejamento ao Congresso Nacional não atende às expectativas da categoria. A paralisação das aulas acaba, mas a mobilização pela estruturação do plano continua”, garante o presidente. O governo federal concedeu um reajuste que varia entre 20% e 40%, dependendo da titularidade do professor.

A notícia do fim da greve repercutiu entre os estudantes da UFPB.

Aluna do curso de Medicina, Vanessa Gomes declara-se aliviada com a resolução do impasse. “Estou cursando o primeiro semestre da graduação e entrar na universidade já enfrentando uma greve tão longa foi muito desestimulante nesse início”, comenta. A estudante revela agora uma outra preocupação, em relação ao cumprimento das obrigações escolares. “Minha turma chegou a fazer avaliações, os alunos ficam em dúvida se tudo ficará como estava ou vamos refazer tudo”, diz Vanessa.

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Jornal da Paraíba

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