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VIDA URBANA

Pedintes atuam em pontos fixos no Centro de Campina Grande

Rua Maciel Pinheiro, Catedral, Banco do Brasil e Feira Central estão entre os locais que concentram maior número de mendigos. 

Publicado em 13/12/2015 às 14:00

Mãos estendidas para o alto e olhar de quem precisa de ajuda. É com essa expressão que há mais de 30 anos uma idosa que se identifica apenas como Nena, 66 anos, passa as tardes nas escadarias da Catedral de Nossa Senhora da Conceição, no Centro de Campina Grande.

Nena conta que essa sempre foi a sua principal fonte de renda, além de ser também um momento de intimidade com Deus, pois o tempo que passa na frente da igreja é dedicado também às orações. Segundo Nena, foi nesse local onde ela encontrou uma forma de suprir as carências financeiras e espirituais. Em Campina Grande há 73 pessoas pedindo esmolas nas ruas da cidade, segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas). e muitos têm ponto fixo.

“Eu aproveito que estou aqui para rezar, escutar o que os padres falam nas missas, pedir a proteção divina e agradecer pelas bênçãos alcançadas. Sou muito católica e tenho muita fé em Deus e em Nossa Senhora da Conceição, então é bom para mim ficar aqui porque ao mesmo tempo em que as pessoas me ajudam com dinheiro eu também alimento a minha fé. Eu poderia estar em qualquer outro lugar, mas prefiro ficar aqui mesmo porque dá para fazer as duas coisas. As pessoas saem da igreja com o coração mais puro e tendo misericórdia de mim”, ressaltou.

Compadecida com a situação da pedinte, após sair da igreja, a aposentada Maria Aparecida, 72 anos, retira algumas moedas da bolsa e a entrega, como um sinal de compaixão ao próximo. “Eu costumo ajudar sempre as pessoas quando eu vejo que estão precisando de mim. Mesmo sendo pouco acho que isso acaba contribuindo para fazer com que ela se sinta melhor e já serve para ajudá-la a comprar algum alimento”, comentou.

Mas não são todas as pessoas que pensam como a aposentada Maria Aparecida, pois Nena lida também com a indiferença de quem não se dá conta ou ignora sua presença. “Muita gente pensa que eu escolhi essa vida com preguiça de trabalhar, mas não foi. Sou uma mulher doente e nunca consegui um emprego, então resolvi pedir para sustentar minha família. Sou muito insultada aqui e tem quem nem olhe para mim, só que graças a Deus ainda aparece gente de boa vontade. (Especial para o JP)

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Jornal da Paraíba

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