Gestação de alto risco exige cuidados

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É considerada gravidez de alto risco quando existem, por vários motivos, uma probabilidade mais elevada do que o habitual de se produzirem complicações na gestação ou de o próprio feto ser afetado por alterações ou malformações congênitas. Nesses casos, os médicos solicitam uma série de exames, mais específicos que os feitos normalmente no pré-natal.

A idade materna acima dos 35 anos é um dos fatores de risco, pois há maior probabilidade do feto sofrer alguma alteração cromossômica. A mais conhecida é a síndrome de Down, cuja incidência está intimamente relacionada com a idade da mãe.

Durante a evolução da gravidez é também maior o risco de desenvolver hipertensão, diabetes ou apresentar alguma doença de base pré existente. Além disso, com o passar dos anos, o “estoque” de óvulos da mulher vai diminuindo. A fertilidade feminina começa a cair por volta dos 25 anos e tem declínio importante depois dos 35 anos.

Já a gravidez na adolescência envolve mais do que problemas físicos, pois há também questões emocionais e sociais. “As gestações de meninas de 12, 14 anos, geralmente, são indesejadas, não são planejadas. Por isso, estamos criando um ambulatório específico para atender essas jovens, para que sejam informadas e não engravidem novamente tão precoces”, afirmou o diretor técnico da maternidade Cândida Vargas.

Segundo Juarez Augusto, também nas gestantes jovens há riscos de doença hipertensiva específica da gravidez. “Além disso, como as mães são meninas jovens, a maioria desses partos são cesáreas”, disse o médico.