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COTIDIANO

Noiva de Léo Campos, do Belo, vai ser investigada por crime de racismo

Ela vai ser intimada para depor pelo delegado Marcelo Falcone, que diz que casos de xenofobia são tratados como racismo pela legislação brasileira.

Publicado em 26/01/2023 às 11:42 | Atualizado em 26/01/2023 às 15:13


                                        
                                            Noiva de Léo Campos, do Belo, vai ser investigada por crime de racismo
Foto: Reprodução / Redes Sociais

A Polícia Civil da Paraíba instaurou um inquérito policial na manhã desta quinta-feira (26) para investigar a catarinense Adriana Borba, noiva do jogador Léo Campos, do Botafogo-PB. Ela é suspeita de cometer atos xenofóbicos contra a população local ao gravar vídeos curtos em seu perfil no Instagram com piadas e críticas ao sotaque, aos costumes e até à forma de andar do paraibano.

O inquérito foi aberto pelo delegado Marcelo Falcone, titular da Delegacia Especializada de Crimes Homofóbicos, Raciais e de Intolerância Religiosa de João Pessoa. De acordo com o delegado, ela vai ser investigada pelo crime de racismo.

Isso porque, ainda de acordo com ele, a Lei nº 7.716 de 5 de janeiro de 1989, que trata sobre o crime de racismo, foi alterada ao longo dos anos para aumentar a sua abrangência. "O entendimento da lei é bastante claro. Ela elenca as situações de racismo e não trata apenas de questões raciais, mas também de preconceitos contra etnia, religião, orientação sexual e xenofobia", explica Falcone.

O delegado comenta, então, como vai se dar todo o procedimento. Nos próximos dias a delegacia especializada vai reunir todas as provas sobre o caso e ainda intimar a suspeita Adriana Borba para que ela preste depoimento.

O delegado tem o prazo legal de 30 dias para finalizar as investigações, mas ele acredita que terminará antes desse prazo. Depois, deve enviar o caso para o Ministério Público da Paraíba para que a instituição defina se vai enviar o inquérito para a justiça.

Se condenada, a pena prevista é de multa e de prisão de um a três anos. Mas Marcelo Falcone destaca dois agravantes que poderiam aumentar uma eventual pena. Isso porque a lei prevê maior rigidez em casos em que o crime é cometido pelas redes sociais e quando o preconceito é cometido de forma jocosa.

Toda a confusão começou na terça-feira (24), quando Adriana Borba publicou os vídeos. "A gente vai sozinho no mercado e não tem com quem rir, nem com quem debochar”, comentou ela em certo momento, após ironizar o sotaque e o jeito de andar "arrastando os chinelos" do paraibano.

As declarações de Adriana, contudo, só viralizaram na quarta-feira (25). Depois disso, ela encerrou o seu perfil no Instagram e pediu desculpas em um novo vídeo, alegando que era tudo uma "brincadeira" e que ela foi mal interpretada.

Ainda nessa quarta-feira (25), o Núcleo de Gênero, Diversidade e Igualdade Racial do Ministério Público da Paraíba já tinha anunciado que iria instaurar um procedimento para investigar possível crime de racismo cometido por Adriana.


				
					Noiva de Léo Campos, do Belo, vai ser investigada por crime de racismo
Foto: Reprodução / Redes Sociais. Foto: Reprodução / Redes Sociais
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Phelipe Caldas

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